13.2.12

Bilhete interrompido

É sede e vontade de alegria, é fome de vida, é desespero saudável. É o quanto gosto de ti.
É a minha mania de me negar, querendo-te. A minha infantilidade cobarde. O meu gesto acanhado. 
E os desejos que oprimo? Porquê? Para quê? E tu que falavas de política e revoluções e eu só pensava nos teus lábios?

Tens de me acalmar, de me saciar. Estou a arder em cinzas outrora pintadas de vermelhos quentes. 

- Bilhete interrompido pela cobardia de o entregar.

Sem comentários:

Enviar um comentário